sexta-feira, 25 de maio de 2012

Marcão e Aníbal Lemos: vítimas iguais

Na última terça-feira, foi confirmada a saída de Aníbal Lemos da direção técnica do Parnahyba Sport Club, líder do Campeonato Piauiense. Hoje foi a vez do River anunciar a saída do técnico Marcão. Dois treinadores com trabalho muito bom à frente de suas equipes e que, por decisões equivocadas, foram afastados e substituídos.

Com Marcão, o River passou de 22 para 56% de aproveitamento.
 Números, no meu entendimento, são provas incontestes para avaliação de um trabalho. É praticamente impossível a conquista de números favoráveis ao objetivo que se busca alcançar, sem que o trabalho esteja sendo conduzido acertadamente. E nos casos de Aníbal Lemos e Marcão, Parnahyba e River estavam caminhando no rumo certo.

Ao perder para o Flamengo, no Lindolfo Monteiro, o Parnahyba completou, sob o comando de Aníbal Lemos, 8 jogos, 5 vitórias, 1 empate, 2 derrotas, 16 pontos ganhos, 16 gols marcados, 10 sofridos, 6 gols de saldo e um aproveitamento de 67% dos pontos disputados. E, com esses números, atingiu a liderança do Campeonato Piauiense. Inacreditável: ele foi dispensado.

Aníbal Lemos: liderança e dispensa (?)
 O River, sem Marcão, jogou 3 partidas (2 em casa), obtendo 2 empates, 1 derrota, 2 pontos ganhos, 2 gols marcados, 4 gols contra, saldo negativo de 2 gols e 22% dos pontos disputados. Sob o comando de Marcão, o Galo jogou 6 partidas, obtendo 3 vitórias, 1 empate, 2 derrotas, 10 pontos ganhos, 13 gols marcados, 5 sofridos, 8 gols de saldo e 56% de aproveitamento dos pontos disputados. Será que o River estava era piorando? Os números não mostram isso.

E a derrota para o Comercial, em Campo Maior, não foi nenhum desastre. O Comercial está em plena atividade desde janeiro, é o vice-campeão piauiense, jogará a Série D e tem um plantel capaz de ser campeão piauiense. Catastrofe foi perder para o mesmo Comercial dentro do Lindolfo Monteiro, quando Marcão nem aqui estava. 

Na realidade, Marcão e Aníbal Lemos apenas foram vítiimas de uma prática muito comum no futebol brasileiro - buscar um culpado na hora dos insucessos. A grande diferença desta regra para as duas dispensas é que, nos casos de Parnahyba e River, os números obtidos não se enquadram como sinônimo de insucesso.

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